Agora, por lei, os mais de 990 mil alunos das escolas municipais da capital não terão direito ao conjunto de verão. Mas a Secretaria Municipal de Educação afirma que a nova composição do kit publicada no Diário Oficial da Cidade ontem não é a 'composição máxima' - com todas as peças que os alunos devem receber. 'É impossível manter a criança com dois jogos de uniforme. Imagina com um?', questiona Silvia Kalfoglou Salgado, de 42 anos, cuja filha de 5 estuda em uma escola de educação infantil na zona oeste.
Por meio de nota, a secretaria diz que está 'aperfeiçoando o uniforme entregue aos alunos'. Apesar de a nova composição publicada no Diário Oficial não contar mais com o conjunto de verão, a secretaria afirma que 'o (novo) decreto traz a composição do kit, que terá ainda duas bermudas em substituição a um blusão de helanca, desnecessário no período de verão'.
Além da extinção da bermuda e de uma jaqueta no 'kit mínimo', o novo decreto acaba com a necessidade de cada peça do uniforme escolar ter o tamanho especificado na etiqueta e o nome dos responsáveis pelo aluno estampado no kit.
Segundo a nova determinação do governo municipal, 'os modelos e tamanhos dos uniformes serão adequados às faixas etárias e aos tipos físicos dos alunos'. Questionada sobre qual padrão deverá ser usado para definir tamanhos e medidas dos uniformes, a secretaria não respondeu.
A nova composição de peças do uniforme da rede municipal de ensino da capital é semelhante à adotada na cidade do Rio de Janeiro. Os uniformes de São Paulo serão adquiridos na capital fluminense da empresa LV Distribuidora, que só para o Rio fornece 750 mil kits.
'A Prefeitura decidiu aderir à ata de compra de uniformes da cidade do Rio de Janeiro e, com isso, agilizar o processo de aquisição do kit do próximo ano. Portanto, não será necessário realizar uma licitação para a aquisição', diz a nota da secretaria.