29 de novembro de 2010

Moradores do Morro do Alemão RJ retomam rotina, mas escolas continuam sem aula

O clima no conjunto de favelas do Alemão, na Penha (zona norte do Rio), é de aparente tranquilidade nesta segunda-feira, depois da ocupação por tropas policiais e das Forças Armadas. O comércio, que permaneceu fechado nos últimos dias devido aos tiroteios entre policiais e traficantes, abriu as portas nesta manhã.

No entanto, as escolas da rede municipal do conjunto de favelas do Alemão e da Vila Cruzeiro não terão aulas hoje. Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que o reinício das atividades será definido em uma reunião com o prefeito Eduardo Paes (PMDB), ainda hoje.

A polícia continua vasculhando das cerca de 30 mil casas da região, à procura de armas e drogas abandonadas pelos traficantes em fuga. Por causa dos confrontos e devido à queima de caminhões pelos traficantes, faltam luz e água em diversos pontos das comunidades.

Homens do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais, da PM) passaram a madrugada posicionados em pontos estratégicos das comunidades, mesmo com as buscas por armas, drogas e criminosos interrompidas. Segundo a cúpula da segurança pública do estado, a ocupação é por tempo indeterminado.

28 de novembro de 2010

Inimigo nº1 da educação Paulista, anuncia mudanças!

Alckmin já sinaliza mudanças na educação. Governador eleito quer ajustar progressão continuada e universalizar ensino fundamental


O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu à equipe de transição prioridade na análise de projetos que quer transformar em marcas de sua gestão.

Estão na lista de Alckmin desde propostas alardeadas por ele durante a campanha até pontos vulneráveis da administração, que alimentaram o discurso de seus adversários nas eleições.

Na cúpula da equipe de transição, por exemplo, é consenso que o governador fará modificações na política educacional do Estado. O formato da progressão continuada deverá ser revisto, e a universalização do ensino fundamental será uma meta.

A qualidade do ensino estadual foi criticada durante a campanha. Por isso, Alckmin estaria "decidido" a elevar os índices de avaliação dos alunos de escolas públicas...

fonte: www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2811201010.htm

Aluno da rede estadual de SP fica até 6 meses sem professor

A professora de português de Lia, 13, na Joaquim Leme do Prado, zona norte de São Paulo, está de licença há três meses e nenhum outro docente a substituiu. Apesar de boa aluna, ela não soube responder a parte das questões de português do Saresp (que avalia o aprendizado anual de alunos da rede paulista).

E não foi por falta de estudo. "Foi por falta de professor", diz Cléo, 33, mãe dela. A Folha escutou relato semelhante em outras 11 escolas, de todas as regiões da cidade e da Grande SP. Em algumas, os estudantes chegaram a ficar até seis meses sem uma determinada disciplina.

A falta de professores é consequência de uma lei estadual, de 2009, que determina que funcionários contratados sem concurso podem trabalhar por no máximo um ano. Depois, eles devem ficar afastados por 200 dias para evitar vínculo empregatício.

Por isso, poucos professores não estáveis (cerca de 10% da categoria) aceitam cobrir licenças temporárias. Preferem esperar por vagas com mais tempo de trabalho ou até desistem da profissão.

A situação deve piorar no próximo ano, pois os professores que deram aula neste ano terão que se afastar até o início do segundo semestre.

OUTRO LADO
A Secretaria da Educação reconheceu que a lei que determina o intervalo de 200 dias aos professores causou um "entrave" nas escolas. Por isso, o órgão afirma que enviará até o final do ano um novo projeto de lei que altere a necessidade desse período de afastamento.
Nem o secretário nem a assessoria de imprensa do órgão deram mais detalhes sobre a mudança na legislação.


Governador, é hora de um concurso público!

10 de novembro de 2010

VERGONHA!! - Para mudar sistema, Estado de Santa Catarina manda aprovar todos os alunos da 5ª série



Mesmo com um boletim de notas baixas, sem entender o ciclo da água ou saber que "mim" não conjuga verbo, alunos da 5ª série do ensino fundamental, que estão no sistema antigo de oito anos, vão passar de ano na rede estadual de ensino. A orientação é da Secretaria de Estado da Educação (SED).

Isso tem sido orientado para as escolas desde 2007, quando o Estado adotou o ensino fundamental de nove anos. À medida que o novo sistema foi sendo implantado, o formato de oito anos foi sendo extinto, e as crianças, passando de ano sem serem reprovadas.

Três anos depois do início da mudança e adaptação do novo sistema, a rede estadual está com os quatro primeiros anos do novo sistema pedagógico e deixou de ter os quatro primeiros anos do sistema antigo.

Em 2010, há 74.458 estudantes matriculados na 5ª série da rede estadual. E aí está a mudança mais sensível: caso parte deles seja reprovada, além de não haver série correspondente para eles cursarem com a extinção da 5a série, em 2011 começam as turmas de quinto ano do ensino fundamental de nove anos, não equivalente à antiga 5ª série. A mudança vai dos conteúdos aos professores. Um exemplo: no sistema antigo, havia um professor para cada disciplina, o que não ocorre no novo.

De acordo com o gerente de Ensino Fundamental da SED, Isaac Ferreira, a decisão de não reprovar os alunos foi tomada para evitar que eles fizessem dez anos de ensino fundamental, já que, se fossem retidos, cairiam no quinto ano do novo modelo, que dura nove anos.

Ele afirma que as escolas estão sendo orientadas a fazer com que todos todos os estudantes saiam da 5ª série prontos para a próxima etapa.

— O papel da escola é alcançar o êxito e não reprovar. Não consta em nenhum lugar que a reprovação é obrigatória.

Com a mudança de governo em 2011, Isaac não sabe como ficará a situação dos alunos que estiverem cursando a 6ª série. Mas garante que a SED vai trabalhar para que a orientação de não reprovar permaneça.

Professores não aceitam a medida
Caberá à escola ter projetos para o aluno que tenha sido aprovado com dificuldade em alguma disciplina acompanhar a nova série. Um professor de 5a série, que preferiu não se identificar, está desmotivado:

— Já sei que não adianta eu me esforçar para que eles aprendam porque todos já estão aprovados mesmo. Mas, no meu diário, vai constar quais deles deveriam repetir o ano. A secretaria que assuma a responsabilidade.

Mãe de uma aluna de 5ª série, Kátia Regina Corrêa também discorda da medida. Uma das filhas é repetente e ela acredita que, se um aluno não está preparado, deve ser reprovado.

— Minhas duas filhas até hoje são péssimas em matemática. Eu prefiro que elas repitam de ano, mas aprendam o conteúdo.

"Crime contra alunos"
Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), Alvete Bedin, o problema começou porque o modelo de nove anos foi adotado de maneira incorreta. Ela acredita que ele deveria ter sido implantado sem a extinção gradual do Ensino Fundamental de oito anos, como tem sido feito.

— O Estado tinha que manter as duas opções, como foi feito em outros estados e na rede municipal. Para economizar, fez isso (extinguir as séries). Manter os dois sistemas demandaria mais dinheiro. Como sempre, a educação paga pelos erros do Estado.

O desejo do Sinte é que, para 2011, a SED ofereça turmas de 5ª série e de quinto ano. De acordo com ela, o sindicato já tentou entrar na Justiça e vai continuar tentando, para que isso seja revisto.

— Não defendemos a reprovação, defendemos que os alunos não sejam empurrados.

O diretor do Sinte, Danilo Ledra, define a orientação da Secretaria como criminosa.

— É um crime contra esses alunos. Teremos estudantes chegando à oitava série sem terem conhecimento algum — ressalta.



fonte:www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a3104276.xml