Professores da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São
Paulo, foram surpreendidos na manhã da última segunda-feira, 22, com uma mensagem
de demissão que apareceu na plataforma online usada para dar aulas assim que
eles acessaram o site.
O aviso dizia, de forma impessoal, que o docente estava
dispensado "de prestar serviço a esta empresa sem obrigatoriedade
inclusive do cumprimento do aviso prévio previsto em lei". A notificação,
a qual o Estadão teve acesso e foi reproduzida nas redes sociais, pede que os
professores compareçam à unidade Vergueiro da universidade, na zona sul
paulistana, para devolver crachá, cartão de acesso, do estacionamento e
carteirinha do plano de saúde bem como para dar baixa na carteira de trabalho
Ontem, o Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP) informou
que protocolou no Tribunal Regional do Trabalho um dissídio coletivo que pede a
anulação, em caráter liminar, das demissões. Ainda não se sabe o número exato
de profissionais dispensados, mas professores e estudantes estimam de 300 a 500.
Um professor que não quis se identificar disse que funcionários da secretaria e
equipe administrativa do ensino a distância haviam sido demitidos antes dos
docentes. "Apesar de ter sido facilitada pela reforma trabalhista de 2017,
a demissão em massa, como a que a Uninove acabou de promover, tem enorme
impacto social. O fato de ela ocorrer em meio à pandemia e de a mantenedora não ter manifestado nenhuma intenção de negociar ou amenizar
o problema, agrava ainda mais a situação", diz o Sinpro-SP.
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